sexta-feira, 6 de março de 2015

Se todos amassemos assim!



Hoje vou deixar o Abestalhada de lado e abraçar o meu lado Boneca, assim fofinha e meiguinha e que se ia desfazendo completamente!

Confesso que não sabia ao que ia.

Desmazelo meu eu sei.

Estava a trabalhar e informam-me que teria de ir fazer uma reportagem sobre a apresentação do livro "De Mim para Mim".



E parva, não fui pesquisar o que me esperava.

O livro seria de uma Carolina, e onde estava a Carolina? Andava um rapaz pelo palco, de microfone na mão, de lado para o outro. E onde estava a Carolina?!!

Fez-me confusão!

O tempo passou e chegaram as 17h30, hora da apresentação. 

E no banquinho rodeado de apetrechos tecnológicos, senta-se o mesmo rapaz que por lá andava de microfone na mão.



E aí começou a fazer sentido.

A Carolina não estava ali. Nem iria estar. Nem aí nem em mais lado nenhum. Pelo menos fisicamente, porque se há coisa que o Pedro fez questão de referir (o rapaz do microfone que por lá andava) é que a memória da Carolina nunca seria esquecida.

Ela era a bailarina. Ele o músico. E como o destino tem destas coisas, nas palavras de Pedro Pinto, o músico, “ela cometeu a loucura de se apaixonar por mim, e eu cometi a loucura de me apaixonar por ela”. E assim foi, durante quatro anos de imensa felicidade, amor e dedicação um pelo outro. Até ao dia 10 de fevereiro de 2014.

Carolina Tendon faleceu durante o sono, sem ninguém esperar. Sabendo do seu gosto pela escrita e tendo ele próprio lido os textos da sua namorada, Pedro decidiu que a melhor maneira de a lembrar seria cumprir um dos sonhos da jovem Carolina. Editar e publicar um livro, sendo “uma forma digna e especial de a homenagear”.

E foi assim que nasceu “De Mim para Mim”, uma coletânea de textos, escritos entre os 10 e os 22 anos de Carolina. Cada página virada é uma nova fase ou experiência de vida da autora, e nas palavras da sua irmã Susana, onde podemos “apreciar a evolução da escrita e uma personalidade extraordinária.”.

O livro avança com a idade de Carolina e expõe as suas experiências, as suas alegrias, desilusões, os seus amores, as suas questões existenciais, o quão agradecida estava por ter tido a oportunidade de nascer e viver, e segundo a mesma este livro “serve para inspirar a vida – a vossa”.

A música esteve sempre presente no relacionamento de ambos e como tal, deveria estar também nesta apresentação, assim, quem assistiu teve a oportunidade de escutar os temas “Muros” e “Vi Morrer um Verso”, interpretados pelo próprio Pedro, e ainda o texto Foi Chuva, para o qual Napoleão Mira criou uma melodia e interpretou.



Sempre com um sorriso no rosto a cada nova história, fase da vida, ou experiência de Carolina, o Pedro inspira qualquer um!!

Abreijos

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Saudações minha gente!